
14 de março de 2011
6 de março de 2011
[ Sesc abre espaço para leitores e novos escritores ]

Sesc Pinheiros promove encontro de leitores e novos autores com escritores veteranos, para bate-papo.
Levando-se em conta as várias plataformas, os muitos dispositivos e suportes para a criação e distribuição da produção literária nacional, o Sesc Pinheiros desenvolveu o projeto Escritores de Quinta, um espaço voltado para a apresentação, a crítica, o debate e a produção literária multimídia. Realizado mensalmente, sempre numa quinta-feira, o encontro tem a curadoria dos escritores Bruno Cobbi, Edson Rossatto e Nelson de Oliveira.
“O projeto tem como foco a reflexão crítica sobre o trabalho dos novos escritores e os modos e meios como a literatura é produzida hoje”, diz André Dias, responsável pela programação de literatura do Sesc Pinheiros. “Ele incorpora os formatos dos encontros literários que acontecem no circuito alternativo, permeados pela informalidade e pela simultaneidade de apresentações de obras, ideias e debates”, completa.
Serviço:
Escritores de Quinta (grátis)
Curadoria de Bruno Cobbi, Edson Rossatto e Nelson de Oliveira
17 de março de 2011, das 19h30 às 22h00
Local: Sesc Pinheiros - Rua Paes Leme, 195 - São Paulo - SP
Inscrições: Tel. (11) 3095.9492 (Sala da Internet Livre - 2º andar) / http://bit.ly/escritoresdequinta1
Sesc Pinheiros promove encontro de leitores e novos autores com escritores veteranos, para bate-papo.
Levando-se em conta as várias plataformas, os muitos dispositivos e suportes para a criação e distribuição da produção literária nacional, o Sesc Pinheiros desenvolveu o projeto Escritores de Quinta, um espaço voltado para a apresentação, a crítica, o debate e a produção literária multimídia. Realizado mensalmente, sempre numa quinta-feira, o encontro tem a curadoria dos escritores Bruno Cobbi, Edson Rossatto e Nelson de Oliveira.
“O projeto tem como foco a reflexão crítica sobre o trabalho dos novos escritores e os modos e meios como a literatura é produzida hoje”, diz André Dias, responsável pela programação de literatura do Sesc Pinheiros. “Ele incorpora os formatos dos encontros literários que acontecem no circuito alternativo, permeados pela informalidade e pela simultaneidade de apresentações de obras, ideias e debates”, completa.
Serviço:
Escritores de Quinta (grátis)
Curadoria de Bruno Cobbi, Edson Rossatto e Nelson de Oliveira
17 de março de 2011, das 19h30 às 22h00
Local: Sesc Pinheiros - Rua Paes Leme, 195 - São Paulo - SP
Inscrições: Tel. (11) 3095.9492 (Sala da Internet Livre - 2º andar) / http://bit.ly/escritoresdequinta1
4 de março de 2011
3 de março de 2011
[ Rorty ]
Quem haverá de negar que os livros de alta ajuda são muito melhores do que os de auto-ajuda? E os livros do filósofo Richard Rorty são todos de altíssima ajuda. Suas reflexões sobre a natureza do ser humano e a dinâmica do conhecimento sempre acalmam minhas piores angústias.
Uma de suas palestras acaba de ser lançada pela editora Martins Fontes, com o título Uma ética laica. Recomendo. Trechos como esses significam um pouco de luz no caos mental:
Santayana afirmava, e eu concordo com ele, que a única fonte de ideais morais é a imaginação humana. (…) A asserção de Santayana sobre o fato de que a imaginação é uma fonte suficientemente boa para os ideais levou-o a afirmar que a religião e a poesia são idênticas em sua essência.
Deveríamos deixar de pensar no que um ideal pretende de nós e de nos questionar sobre a natureza de nossas obrigações para sermos fiéis a um ideal. Dedicar-se a um ideal moral é como se dedicar a outro ser humano. Quando nos apaixonamos por outra pessoa, não nos questionamos sobre a origem ou sobre a natureza de nosso esforço em cuidar do bem-estar dessa pessoa. É igualmente inútil fazê-lo quando nos apaixonamos por um ideal.
(…)
Foi Platão quem fundou a tradição adotada pelo papa, ligando a ideia de imortalidade à de imaterialidade e infinidade. A alma imaterial, cuja verdadeira sede é o mundo imaterial, um dia habitará os amplos espaços da própria infinidade, tornando-se imune aos desastres que inevitavelmente abalam qualquer ser meramente espaçotemporal, meramente finito. Muitas vezes se diz que os que discordam de Platão — como eu e os filósofos a que me referi — são desprovidos do sentido do espiritual. Se por espiritualidade se entende uma aspiração ao infinito, essa acusação é perfeitamente justificada, mas ela não se justifica quando se vê a espiritualidade como um sentido elevado de novas possibilidades que se abrem para os seres finitos. A diferença entre esses dois significados do termo espiritualidade é a diferença entre a esperança de transcender a finitude (o papa) e a esperança num mundo em que os seres humanos tenham vidas muito mais felizes do que as que vivem atualmente (eu).
Quem haverá de negar que os livros de alta ajuda são muito melhores do que os de auto-ajuda? E os livros do filósofo Richard Rorty são todos de altíssima ajuda. Suas reflexões sobre a natureza do ser humano e a dinâmica do conhecimento sempre acalmam minhas piores angústias.
Uma de suas palestras acaba de ser lançada pela editora Martins Fontes, com o título Uma ética laica. Recomendo. Trechos como esses significam um pouco de luz no caos mental:
Santayana afirmava, e eu concordo com ele, que a única fonte de ideais morais é a imaginação humana. (…) A asserção de Santayana sobre o fato de que a imaginação é uma fonte suficientemente boa para os ideais levou-o a afirmar que a religião e a poesia são idênticas em sua essência.
Deveríamos deixar de pensar no que um ideal pretende de nós e de nos questionar sobre a natureza de nossas obrigações para sermos fiéis a um ideal. Dedicar-se a um ideal moral é como se dedicar a outro ser humano. Quando nos apaixonamos por outra pessoa, não nos questionamos sobre a origem ou sobre a natureza de nosso esforço em cuidar do bem-estar dessa pessoa. É igualmente inútil fazê-lo quando nos apaixonamos por um ideal.
(…)
Foi Platão quem fundou a tradição adotada pelo papa, ligando a ideia de imortalidade à de imaterialidade e infinidade. A alma imaterial, cuja verdadeira sede é o mundo imaterial, um dia habitará os amplos espaços da própria infinidade, tornando-se imune aos desastres que inevitavelmente abalam qualquer ser meramente espaçotemporal, meramente finito. Muitas vezes se diz que os que discordam de Platão — como eu e os filósofos a que me referi — são desprovidos do sentido do espiritual. Se por espiritualidade se entende uma aspiração ao infinito, essa acusação é perfeitamente justificada, mas ela não se justifica quando se vê a espiritualidade como um sentido elevado de novas possibilidades que se abrem para os seres finitos. A diferença entre esses dois significados do termo espiritualidade é a diferença entre a esperança de transcender a finitude (o papa) e a esperança num mundo em que os seres humanos tenham vidas muito mais felizes do que as que vivem atualmente (eu).
1 de março de 2011
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