26 de outubro de 2009

[ Axis mundi em BH ]

17 de outubro de 2009

[ Dez poetas portugueses contemporâneos simplesmente sensacionais ]

12 de outubro de 2009

[ Quais são os cinco erros mais comuns que os escritores do mainstream cometem ao escrever ficção científica? ]

1. Confundir FC com o trash: muita gente que conhece a FC de ouvir falar vincula o gênero a elementos trash, como naqueles filmes antigos que uniam baixo orçamento e invasão marciana. Existe FC trash, sem dúvida, mas não é o elemento trash que define a FC.

2. Não estudar ciência antes de fazer uma especulação científica: assim como um romance histórico exige pesquisa, uma especulação sobre algo que (ainda) não existe também exige pesquisa para ser plausível, convincente. Devemos sempre saber sobre o que estamos escrevendo, não?

3. Achar que as regras da boa escrita perdem valor na FC: já vimos muitos bons escritores mainstream desaprenderem a escrever quando tentam a FC. A preocupação com a qualidade do texto deve ser a mesma.

4. Achar que verossimilhança não combina com FC: investir no absurdo pelo absurdo só funciona no humor, e mesmo assim com conhecimento de causa, senão vira humor involuntário.

5. Ignorar a alternativa slipstream, obra que transita dentro e fora do gênero, como 1984. Muita gente que tem prevenção contra a FC já apreciou uma obra de FC sem se dar conta. Histórias mainstream que empregam elementos fantásticos, techno ou futurista também são FC.


Ataíde Tartari

8 de outubro de 2009

[ Futuro Presente no Caderno B do JB ]


2 de outubro de 2009

[ Quais são os cinco erros mais comuns que os escritores do mainstream cometem ao escrever ficção científica? ]

1. Achar que a ficção científica no cinema e nos quadrinhos representa tudo o que o gênero pode ser. É preciso ler alguma FC em literatura.

2. Achar que a linguagem da ficção científica depende apenas de neologismos pseudo-científicos, tipo XPTO-23 ou Megatrônico R-4321. A linguagem da FC é complexa, estabelecida ao longo de muitas décadas, e mesmo quem quiser inovar ou romper com ela precisa conhecê-la em alguma extensão.

3. Confundir ficção científica com ficção científica juvenil. A maior parte das técnicas narrativas do mainstream são aceitáveis na FC, e não é preciso ser paternalista com o leitor.

4. Achar que ficção científica é coisa de americano, de modo que seus personagens têm de ser americanos ou quando muito europeus, e o contexto do Brasil ou de outros países em desenvolvimento não têm lugar dentro do gênero. Pelo contrário: a atual fronteira sendo desbravada pela FC é justamente o Terceiro Mundo e as situações multiculturais.

5. Desprezar o diálogo com os praticantes de ficção científica brasileira. Ninguém reinventa a roda nem faz sozinho um gênero criar raízes em um país como o Brasil.

Roberto de Sousa Causo