[ Sob nova direção ]
Amigo, amiga, o aparato corporal do proprietário deste blogue foi confiscado, agora ele pertence a outra consciência. Agora ele é outra pessoa. Forças poéticas incontroláveis operaram essa transferência. Forças do Bem, não se preocupe.
O círculo mágico iniciado em 1989, numa oficina de criação literária, está se fechando hoje. Na oficina coordenada por João SilvérioTrevisan, nas antigas Oficinas Culturais Três Rios, troquei as artes plásticas pela literatura. Mais de vinte anos depois, mais de vinte livros publicados, chegou a hora da aposentadoria.
Foi por volta de 2005, 2006, que baixou o cansaço, a preguiça. Sempre que eu começava a escrever, vinha a impressão de estar repetindo certos procedimentos. Não existe nada pior pra um ficcionista do que escrever o mesmo texto ano após ano. Foi nessa época que tomei a decisão: está na hora de parar (como tantos escritores que pararam). Ou de mudar (como tantos escritores que mudaram). Ou as duas coisas. Hora de comemorar o final de um ciclo criativo e o início de outro. De mochila pronta para as merecidas férias, chegou a hora da metáfora dramática: hoje eu deixo o palco, tomo distância da vida literária. Entra em cena Luiz Bras.
É claro que a transição não foi abrupta, foi até bastante pacífica. O círculo começou a se fechar há muito tempo. O último texto ficcional que escrevi já fez cinco anos, acho que ontem ou anteontem. Os primeiros escritos do Luiz já fizeram uma década. Faltava apenas completar o processo, dar o salto. Definitivamente.
Sai este autor, ficam os livros, e apenas os livros: sua melhor parte. Afinal essa é a ordem natural das coisas. A vantagem, no meu caso, está em sair ainda respirando, vivinho da silva, diferente do que acontece com a grande maioria.
29 de dezembro de 2011
6 de novembro de 2011
29 de outubro de 2011
20 de outubro de 2011
8 de outubro de 2011
30 de setembro de 2011
24 de setembro de 2011
21 de setembro de 2011
[ Geração Zero Zero no Estado de Minas ]
Três trechos da resenha de André di Bernardi, publicada no dia 17 de setembro:
O livro serve bem para gerar movimento, para produzir faíscas. Essa turma tem consistência, esse bando de malucos tem o que dizer e o faz de forma considerável.
O que temos, o que encontramos no livro é uma espécie de teia, um emaranhado, uma profusão de vozes promissoras. Nelson preza o encontro, a sujeira das ideias, o conflito e o confronto. O desarmônico, a dissonância, os diferentes estilos destes autores que representam e mostram a cara deste início de século, da brutalidade destes autores surge aquele bizarro propício.
Os autores da Geração Zero Zero preferem as sombras, as sobras da alma humana. Eles preferem os desmandos do corpo, o atrito, a esfregação, as fervuras, o descontrole, a folgança, o folguedo, o feio que se torna interessante [vide Marcelo Benvenutti, no conto O homem que amava as gordas (e as feias também)]; eles preferem o estranho e o surreal, que se torna fonte para boa literatura [vide Paulo Scott e seus sanduíches recheados de anzóis]: “O que você dirá quando meus poemas forem apenas capotagens de Monareta e receitas de lanches rápidos à base de óleo de soja em rodoviária?”. Tudo que é personagem, todos os autores da Geração Zero Zero andam no fio da navalha.
Três trechos da resenha de André di Bernardi, publicada no dia 17 de setembro:
O livro serve bem para gerar movimento, para produzir faíscas. Essa turma tem consistência, esse bando de malucos tem o que dizer e o faz de forma considerável.
O que temos, o que encontramos no livro é uma espécie de teia, um emaranhado, uma profusão de vozes promissoras. Nelson preza o encontro, a sujeira das ideias, o conflito e o confronto. O desarmônico, a dissonância, os diferentes estilos destes autores que representam e mostram a cara deste início de século, da brutalidade destes autores surge aquele bizarro propício.
Os autores da Geração Zero Zero preferem as sombras, as sobras da alma humana. Eles preferem os desmandos do corpo, o atrito, a esfregação, as fervuras, o descontrole, a folgança, o folguedo, o feio que se torna interessante [vide Marcelo Benvenutti, no conto O homem que amava as gordas (e as feias também)]; eles preferem o estranho e o surreal, que se torna fonte para boa literatura [vide Paulo Scott e seus sanduíches recheados de anzóis]: “O que você dirá quando meus poemas forem apenas capotagens de Monareta e receitas de lanches rápidos à base de óleo de soja em rodoviária?”. Tudo que é personagem, todos os autores da Geração Zero Zero andam no fio da navalha.
5 de setembro de 2011
3 de setembro de 2011
29 de agosto de 2011
[ Ficção científica, fantasia e horror no Brasil ]
O Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica 2010, organizado pelos jornalistas Marcello Simão Branco e Cesar Silva, apresenta um panorama amplo de parte da literatura brasileira pouco divulgada na grande imprensa. Foi ótimo conversar com Marcello e Cesar sobre o nosso mercado editorial, as oficinas de criação literária, as ficções de Luiz Bras etc. A entrevista completa está neste novo número do Anuário, que traz também uma resenha do Paraíso líquido, entre outras.
O Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica 2010, organizado pelos jornalistas Marcello Simão Branco e Cesar Silva, apresenta um panorama amplo de parte da literatura brasileira pouco divulgada na grande imprensa. Foi ótimo conversar com Marcello e Cesar sobre o nosso mercado editorial, as oficinas de criação literária, as ficções de Luiz Bras etc. A entrevista completa está neste novo número do Anuário, que traz também uma resenha do Paraíso líquido, entre outras.
13 de agosto de 2011
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